“Formada em Arquitetura e Urbanismo desde 2011, trabalhei em escritórios de arquitetura, constru toras e obras por bastante tempo.

Em 2013, decidi me dedicar também a um outro projeto: o de ser mãe!

Engravidei, mergulhei no mundo da maternidade e minha vida começou a ter mais sentido…

A Bárbara nasceu em 2014, durante sua gravidez montei um quarto tradicional para ela, desses de “princesa”, mas logo após sua chegada percebi que mal usaria aquele espaço. Ela dormia comigo e meu marido, pois acreditamos muito nos benefícios da cama compartilhada quando recém nascido, e no resto do tempo ela sempre estava conosco. Olhava o quarto dela e percebia que aquele espaço não fazia sentido, começando pelo berço… Alto e com grades. Como eu poderia deixá-la ali? Se ela quisesse sair, teria que chorar para me chamar, porque sozinha não conseguiria. Será que era isso mesmo que eu queria para ela? Não!

Aquele quarto que planejei na gravidez não tinha nada a ver com a nossa rotina, com os meus valores ou com aquilo que eu desejava para criação da minha filha.

Além do berço, o quarto tinha uma cômoda, um guarda-roupas e uma poltrona de amamentação. Para quem tudo isso? Para mim claro, pois um bebê não teria nada a explorar ali.

Parecia tudo errado… Como eu, arquiteta, não tinha pensado nisso antes? Simples! Eu não era mãe quando projetei o quarto dela, então pensei em mim, não nela, e isso acontece com muita frequência em diversas famílias.

Certo dia, resolvi mudar tudo! Fiz umas adaptações provisórias, desmontei o berço – nunca utilizado – e coloquei o colchão no chão. Os brinquedos foram para caixas baixas, num pequeno espaço de brincar, que improvisei com tapetes de EVA. Depois disso, parece que tudo começou a fluir melhor, ela se mostrava muito mais a vontade, independente e feliz com seu espaço.

Nas horas livres, eu só estudava assuntos relacionados à maternidade, eu queria ser a melhor mãe dentro das minhas condições. Em meio a tantas descobertas sobre amamentação, educação, saúde, alimentação e desenvolvimento, descobri também que um assunto em específico era bem pertinente no meu dia-a-dia, algo que eu já estava colocando em prática, sem ter consciência. Algo que eu buscava para minha filha, mas não sabia explicar: a Filosofia Montessori.

Entendi que espaço de criança tem que ser para eles, na altura deles – não na do adulto – e que tem que ter liberdade de movimento com segurança.

Assim nasceu a minha primeira empresa em 2016, o Ateliê Montessori, focada em projetos de arquitetura e na comercialização de produtos infantis.

Em 2017 nasceu minha segunda filha, Clara. E, em meio a minha rotina que ficou mais intensa, decidi criar a Bá Cla Arquitetura Infantil focada em projetos de arquitetura e divulgação de marcas infantis que eu acredito!”

Arquiteta Silvana Benko

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