
Em meio à busca por um novo espaço, os arquitetos Márcia Campetti e Tiago Campetti, do Estúdio Campetti, de Curitiba (Paraná), encontraram na região central da cidade o subsolo de 90m2 sob uma antiga casa alemã. A maior preocupação dos arquitetos era o pé direito de 2,10 m (1,90 m abaixo de algumas vigas), que poderia impedir o bom funcionamento do estúdio. A solução encontrada foi rebaixar toda a circulação e distribuir os ambientes nos cômodos periféricos. As soluções de iluminação foram pensadas para liberar o teto e otimizar os espaços.
Por ser um antigo subsolo, possuía apenas uma porta de acesso com uma pequena janela e mais uma porta aos fundos para um pátio interno do terreno. Por isso, as primeiras transformações foram a ampliação da porta frontal, transformando toda a parede da frente em uma porta deslizante de vidro; a criação de uma grade de vergalhões para essa porta e a abertura das divisões internas, antes muito segmentadas e fechadas, que agora se abrem para a circulação, permitindo a ventilação cruzada e maior aproveitamento da luz natural.
Além do ambiente de criação, a dupla conta também ter pensado numa área “para receber pequenas exposições de arte, bem como realizar recepções e conversas de diferentes campos do conhecimento”. O acesso externo e coberto se ocupa de criar um percurso artístico. Atualmente, estão em exposição André Rodrigues, Arnaldo Belotto, Celestino Dimas e Guilherme da Costa.
Fotos: Marcelo Stammer